quarta-feira, 2 de junho de 2010


Presos começam a ser transferidos de cadeia


Por causa de superlotação, albergados dormiam ao relento

Dez presos condenados foram transferidos na manhã desta quarta-feira (2) da cadeia pública de Três Corações, no Sul de Minas, para a penitenciária, que fica na mesma cidade. Segundo o delegado Regional Marco Aurélio Chauke, ainda não há previsão de novas transferências.


O caso
Na tarde de terça-feira (1), a juíza Aila Figueiredo determinou a transferência de presos para aliviar a superlotação da cadeia pública de Três Corações. No texto da decisão, que deveria ser cumprida imediatamente, presos provisórios de outras comarcas seriam levados para as cidades de origem e os presos condenados, para a penitenciária regional, que também fica na cidade.
A decisão aconteceu depois que doze presos albergados foram flagrados por uma equipe de reportagem da EPTV dormindo no pátio da cadeia de Três Corações. O local, conhecido como "gaiolão", fica ao ar livre, sujeito ao frio e à chuva. A maioria dos presos leva o colchão de casa para não ter que dormir no chão.
Os albergados são presos que já estão em regime aberto. Eles podem trabalhar durante o dia fora da cadeia, mas precisam dormir sob a guarda da Justiça. De acordo com a Polícia Civil, por causa da superlotação, eles estavam passando a noite em casa. Depois de uma vistoria na semana passada, a Justiça determinou que os albergados se recolhessem à cadeia até oito horas da noite.
Atualmente a cadeia de Três Corações tem capacidade para 70 presos, mas abriga 150 detentos, entre eles 26 albergados. O Ministério Público entrou com uma ação civil pública pedindo a interdição da cadeia.
A assessoria de imprensa da Secretaria de Defesa Social afirma que está sendo feita uma nova licitação para a escolha da empresa responsável pela segunda etapa de construção de um novo presídio em Três Corações. O prédio já deveria estar pronto desde o fim do ano passado, mas segundo a assessoria, as obras foram paralisadas em março do ano passado, por causa de um desentendimento entre o município e a empresa que venceu a licitação. Agora o Estado pretende assumir o controle da obra.
A juiza da comarca de Três Corações também marcou uma audiência com os diretores das administrações prisionais para o dia oito de junho.

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